Comparações moralistas

Já percebi que o meu Robot agora deu-lhe para falar de amor, o mundo anda mesmo louco até a minha criação. Ele na verdade é a minha única companhia, felizmente tenho capacidades suficientes para poder criar algo como ele, imaginem se não as tivesse.

É que… chego a casa completamente cansado como se tivesse tido um ataque do coração, portanto local do meu sofrimento constante, ataque esse há pouco tempo, e até chego meio curvado até à cómoda onde aproveito para descansar um pouco, mas são apenas uns 5 minutos mas pronto 5 minutos são sempre 5 minutos, de qualquer das maneiras sofro como tudo pois os trabalhadores das zaras e essas lá nos bangladeches têm com toda a certeza muito mais tempo do que eu para descansar. Ao levantar-me, qual desespero por não poder mais descansar, sinto ligeiras dores de barriga como se tivesse uma hepatite daquelas que se costuma apanhar nos hospitais públicos (eu só frequento os privados pois adoro fazer pouco dos médicos e enfermeiros que são todos tios e tias aqui em lisboa, o dinheiro paga muito realmente), ao deslocar-me para a cadeira com uma sandes preparada denoto que sinto uma enorme depressão daquelas severas em que nem comer se consegue, oh como eu preciso dum internamento. Chego então à conclusão que viver é muito mau e que a razão principal é ter a vida facilitada, logo convém mudar para um rumo ideal: viver como um sírio no seu país que vive numa grande guerra, parece-me que a adrenalina bélica tiraria o tédio a qualquer ser-vivo. Segue-se um bocejo daqueles que caso não cumpra a função “dormir” ficarei meio morto-vivo, mal andarei, mal pensarei, parecerei como alguém em muletas ou de cadeira-de-rodas que têm as ações mais limitadas, portanto tenho que dormir e caio na cama como um morto, ao acordar fico com dores de cabeça e nestes primeiros instantes parece que estou cego e surdo pois oiço e vejo mal, que tragédia, vai uma moedinha para o mudo? As dores de cabeça pioram um pouco, parece que tenho cancro no cérebro e de repente tropeço, ou seja já estou com metástases.

Como vivemos numa sociedade capitalista e relacionando isto com o meu texto acima: a felicidade tem um preço.

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